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Nordeste desponta como potencial de energia eólica |
Cada vez mais indústrias do segmento estão aportando nos estados nordestinos em função da viabilidade de ventos O potencial eólico do Nordeste já era conhecido. Com a instalação de fabricantes de equipamentos neste segmento, a região passa a despontar como o maior mercado eólico do país. Cada vez mais indústrias estão aportando nos estados nordestinos, a exemplo da espanhola RM Eólica, inaugurada nessa semana em Suape. A vinda desses empreendimentos estão viabilizando a construção dos parques por um custo menor. No primeiro leilão de compra de energia de reserva voltado exclusivamente para a fonte eólica, em dezembro do ano passado, dos 71 projetos de geração contratados para fornecer energia ao país a partir de 2012, 63 estão instalados no Nordeste. Foram 23 no estado do Rio Grande do Norte, que concentrou 657 MW (megawatts), 21 no Ceará, com 542 MW, 18 na Bahia, com 390 MW, e uma em Sergipe, com 30 MW. A participação da região no próximo leilão, previsto para junho deste ano, não deve ser diferente. Já existem 399 projetos de centrais de eólicas cadastrados, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Desses, 312 estão no Nordeste. São 8,3 mil MW de um total de 10,5 mil MW inscritos. Há projetos na Bahia (53), Ceará (106), Pernambuco (1), Piauí (18), Rio Grande do Norte (133) e Sergipe (1). Fora do Nordeste há apenas 87 propostas para o Rio Grande do Sul. Ou seja, é no Nordeste que a geração de energia pela força dos ventos está acontecendo. Os fabricantes de equipamentos estão percebendo essa concentração e resolveram apostar na região. Em Pernambuco, já operava em Suape a Impsa, uma indústria argentina de turbinas eólicas. Nessa semana, foi a vez do grupo Gestamp inaugurar a RM Eólica, que irá produzir 1 mil torres por ano - quase todo o volume necessário para montar os parques aprovados no primeiro leilão para o Nordeste. Na ocasião, o mesmo grupo espanhol também anunciou a instalação de uma segunda unidade no estado para produzir flanges, um componente usado na montagem das torres. E a vinda de empreendimentos não param por aí. Grandes fabricantes já planejam reforçara produção de equipamentos no Nordeste. Na produção de torres, uma das interessadas é a Engebasa. Na produção de turbinas, a região ganhará unidades da Alston, Suzlon e Vestas. E a Tecsis também estuda a instalação de uma planta para produzir pás. Suape, inclusive, é um dos pontos cogitados. Para se ter ideia, até 2006, a Wobben era o único fabricante de equipamentos eólicos em todo o país. Por muito tempo, a falta de uma produção nacional foi um entrave para o desenvolvimento dessa matriz energética. Aos poucos, o país foi atraindo fabricantes e algumas empresas também foram direcionando a sua produção para o segmento eólico. Mas a maior parte da produção ainda se concentra no Sudeste. "Agora os principais fabricantes, se já não estão instalados no Nordeste, estão planejando se instalar na região", conta Pedro Perrelli, diretor executivo da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeólica). "É preciso ter 60% de equipamentos nacionais para conseguir financiamento. Mas se fosse trazer apenas uma torre de São Paulo em carreta teria um custo de R$ 300 mil", calcula Everaldo Feitosa, diretor da Eólica Tecnologia, empresa que acaba de montar três parques eólicos no estado com torres produzidas em Pernambuco. "A vinda dessas indústrias é fundamental para viabilizar os parques eólicos no Nordeste, barateando o custo da energia gerada", comenta. Fonte: Diário de Pernambuco/Mirella Falcão |
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